segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Morte a priori

Eu que já pensava sofismado no amor

E na história maviosa que se iniciava

Trazida assim pelo vento, com fulgor,

Enquanto o sol maior pestanejava.


Tu assim tão demais perfeita

E eu embevecido a suspirar, inocente,

Não te via já indecisa e contrafeita

Naquela verdade que se mente.


Agora perdi tudo o que restava

E aquela que em sonhos me amava

É uma lembrança da imaginação.


Só me resta pelos ditames da sorte

Estar já morto e aguardar a morte,

Eu, a sobejar, nestes dias de opressão.


João Vasco

3 comentários:

storytellers disse...

o lugar do ser, teimando em
não ser..
não pode ser!

bjs
Kerubina

Anônimo disse...

Sucinto e sincero. Bom.

tb disse...

Muito bas as tuas composições poéticas. Desde que não percas a esperança...
Beijinho