segunda-feira, 10 de dezembro de 2007


Gestos perfeitos acontecem no silêncio. A melodia da ternura preenche todos os hiatos que as palavras desperdiçam. As palavras que são ditas ou que ficam por dizer, as palavras que nascem já feitas de morrer…

Não há mais que nada em tudo o que é nada mais que tudo. Assim é-se maior, é-se ardente e escrevem-se as páginas alvas do livro da intimidade.

A roda que gira, que vai, que avança em seu movimento perpétuo, jamais se cansa. Sente-se o excesso vibrante dos sentimentos nas partículas de vida. Suave e intensa acontece esta hora arrastada pelos princípios do prazer. O silêncio é uma tentação, nele é-se inteiramente humano a respirar o músculo da vida, força colossal de existir. Somos sangue fervilhante escondidos na candura de um olhar.

Silêncio! É tempo de viver!