Eu não sou ninguém.
Sou o dia que não vem,
A pedra que é lançada ao mar,
A gota de chuva que cai no oceano,
A lágrima que se deixou de chorar,
O dia que não cabe no ano,
A brisa amena que se perde nos rostos,
A crispada maré de desgostos,
O momento passado e não vivido,
O facto consumado e tão esquecido.
Ainda me lembro de mim?
João Vasco