terça-feira, 17 de julho de 2007

O tempo …esse eterno desengano. Esse meio indefinido, que não pára, que não cessa. Mestre da ilusão como que estraga e depois repara. Estraga e repara, estraga e repara, … Às vezes só estraga. Noutras só repara. Ou até nem sequer isso.

Quando espero parece que avanço. Quando avanço vejo-me parado. Quero isentar-me do tempo. Volitar por entre os espaços da distância e encontrar o que não procuro mas que descubro. E assim entender que me sou, ao que vou, pelo que tenho. Nada de novo, tudo igual, tudo tão na mesma. Porque eu não sei ser mais. Nem menos. Apenas isto, tal como é. A crua banalidade. Estranho-a. Sinto-me importunado pela sua presença pertinaz. Eu, que sou comum. São os efeitos do tempo, esse feiticeiro de vontades…

João Vasco

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