terça-feira, 27 de novembro de 2007

Intermezzo



Tenho que apanhar o tempo

Na estrada que desponta.

Meus passos, ao destempo,

São a vida que não conta.


E os sons que me perfuram

Como pensamentos ansiosos

Cedem-me ecos que perduram

Além dos vazios desditosos.


Revejo-me pelo sábio costume

Dos usos feitos no vício de fuga

E o ardor da chama de meu lume

É o palco em que tudo se conjuga.


Sou náufrago arribado à areia

Da praia esboroada de meu ser,

Uma morada de casa cheia

Este meu modo de me entreter.

João Vasco

6 comentários:

Juliana Moura. ♥ disse...

É de sua autoria?
Muito bonita!

Juliana Moura. ♥ disse...

Seu blog está na minha lista.
Bjo

Anônimo disse...

mt interessante o blogue. n conhecia.

deixo uma dica de um autor novo que merece ser divulgado:

www.tiagonene.pt.vu

Patsy

Lúcia Laborda disse...

Obrigada pela visita e pelo carinho! Adorei seu blog, sua bela poesia! Nostálgica, mas muito bonita!
Beijos

Lúcia Laborda disse...

Olá João! Passei pra lhe ver, desejar um bom domingo e uma semana maravilhosa!
Beijos

Dalaila disse...

revejo-me sempre nestas palavras