domingo, 27 de janeiro de 2008

O princípio do fim


Não caibo em mim, me vejo

Um refém de meu desejo.

Que tamanho tenho?

Sou mais que meu alcance,

A fronteira que me desenho

É eu olhar-me de relance

E ver a medida de mim.

Ou serei eu tão pequeno

E esta dúvida é já aceno

De que eu suspeito ser assim

Uma linha do horizonte,

Uma coisa sem tamanho,

Um rosto a ver-se defronte,

Um tempo sem bocanho.

Ser-se como se é, desse modo,

Pedaço maior de espaço,

Corpo em forma de abraço,

Um jeito a que me acomodo.

Sem se saber como se faz tal

Tudo tão gasto, tão banal.

As coisas são a acontecer

Pela força inelutável dos modos,

Por entre o viver e o morrer

A água afinada a bolear os godos.

E isto depois de dito, onde está?

Não se fez diferente em nada,

Uma dúvida destas começará

Assim que esteja acabada.


João Vasco

5 comentários:

Lúcia Laborda disse...

Oie meu amigo lindo! Lindos versos, mas de uma tristeza... Fica assim não. Complicado eu sei, mas precisamos ter fé e fazer nossa parte pra que as coisas melhorem e aconteçam.
Fique com Deus e que ele possa levar paz ao seu coração!
Que sua semana seja feliz!
Beijos

Anônimo disse...

Oie lindinho! Passei para lhe ver e desejar um bom fim de semana!
Beijos

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Lúcia Laborda disse...

Oie meu amigo lindo! Passei para lhe ver e desejar um bom fim de semana!
Beijos

Lúcia Laborda disse...

Oie João! Nós só somos pequenos diantes de Deus, embora que ele nos veja do jeito que somos.
Boa semana!
Beijos