quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Solilóquio



Menina que te atreves pelos campos

Mimosa por entre a urze e o riacho

Mirada pelo sol e os céus escampos

És a alma, sentimento e recacho.


Mulher que te emancipas pelos dias

Graciosa nas verbas do momento

Com teu olhar singelo tudo anedias

És a luz, o fogo e o invento.


Musa vagante pelo sabor do mar

Suave em teu ondeante desvelo

Teu canto é embalo a marulhar

És a brisa, frescor e concelo.


Estarei a dizê-lo assim tão baixinho

Como um sussurro envergonhado,

Este, por ti, desmedido carinho

Que não ouças ser-te declarado?


João Vasco

Um comentário:

storytellers disse...

Uouuu! Coisa linda!
kiss, kerubina