quarta-feira, 11 de julho de 2007

Quid pro quo

Será que me podes amar?

Só um pouco sobre mim

Nada daquelas coisas sem fim

Que eu tenho por ti a perdurar.

Uma pequena exalação,

Um arrepio do coração.

Tão-somente isso te peço,

Nada que seja colossal.

Um pedaço, um arremesso,

Uma viagem adicional.


Será que me podes amar?

Um desejo aplainado

Sobre mim debruçado,

Um constante marulhar.

Só uma coisa latente

Que não seja evidente.

Apenas isso, uma morada,

Um caminho, uma estrada

Um quadro inacabado

Pelo pincel de meu fado.


Será que me podes amar?


João Vasco

2 comentários:

tb disse...

espero que depois de esses versos tão belamente sentidos ela te possa amar. :)
Beijinho

Unknown disse...

Este é um dos poemas mais belos que alguma vez li!
Tenho a certeza que todos te podem amar, e muito! E muito especialmente a musa da tua poesia ;)

Um beijo enorme poeta