Não caibo em mim, me vejo
Um refém de meu desejo.
Que tamanho tenho?
Sou mais que meu alcance,
A fronteira que me desenho
É eu olhar-me de relance
E ver a medida de mim.
Ou serei eu tão pequeno
E esta dúvida é já aceno
De que eu suspeito ser assim
Uma linha do horizonte,
Uma coisa sem tamanho,
Um rosto a ver-se defronte,
Um tempo sem bocanho.
Ser-se como se é, desse modo,
Pedaço maior de espaço,
Corpo em forma de abraço,
Um jeito a que me acomodo.
Sem se saber como se faz tal
Tudo tão gasto, tão banal.
As coisas são a acontecer
Pela força inelutável dos modos,
Por entre o viver e o morrer
A água afinada a bolear os godos.
E isto depois de dito, onde está?
Não se fez diferente em nada,
Uma dúvida destas começará
Assim que esteja acabada.
João Vasco
5 comentários:
Oie meu amigo lindo! Lindos versos, mas de uma tristeza... Fica assim não. Complicado eu sei, mas precisamos ter fé e fazer nossa parte pra que as coisas melhorem e aconteçam.
Fique com Deus e que ele possa levar paz ao seu coração!
Que sua semana seja feliz!
Beijos
Oie lindinho! Passei para lhe ver e desejar um bom fim de semana!
Beijos
Oie meu amigo lindo! Passei para lhe ver e desejar um bom fim de semana!
Beijos
Oie João! Nós só somos pequenos diantes de Deus, embora que ele nos veja do jeito que somos.
Boa semana!
Beijos
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